Com a especialização cada vez maior do conhecimento, todos os assuntos tendem a receber um tratamento e uma elaboração cada vez mais exaustiva e um maior rigor científico. Por este facto, a preparação e a apresentação de trabalhos científicos constituem uma matéria sobre a qual existe já uma vasta bibliografia, com a qual nos deveremos familiarizar, tendo em conta o perfil do investigador bem como a temática a dissertar.

De modo geral, a investigação nas áreas das Ciências da Educação com o subtópico tecnologias ligadas ao currículo é um tema aliciante e atual, embora já exista literatura desde os anos 80, tal como refere o professor Fernando Costa, deve-se ter em conta “(…)a importância fulcral que essa mesma investigação pode ter na superação das ambiguidades e insuficiências no que diz respeito à integração das tecnologias na escola …, parece-nos adequado começarmos por tecer algumas considerações sobre os desafios com que a investigação científica se confronta, nesta área específica”.

Excluindo os especialistas, sempre interessados em aprofundar e alargar os seus conhecimentos, e para os quais as noções teóricas e práticas assumem idêntico valor, a grande maioria dos estudantes procura apenas conhecer e dominar regras de ordem prática, suficientes e necessárias à realização dos seus trabalhos científicos. Convicta de que com esta disciplina e com o método de ensino e aprendizagem aqui vigentes, serão apresentados os conceitos fundamentais para a elaboração de um bom trabalho científico no âmbito das Ciências e Tecnologias da Educação, tendo em conta que realização de qualquer trabalho de investigação científica carece de autorização prévia, focando diversificadas bibliografias ligadas ao tema da dissertação e complementando-as com convenientes sugestões do próprio orientador ou mesmo dos pares. É fundamental assegurar o respeito pelas regras éticas e deontológicas no que respeita ao acesso e manuseamento da informação relacionada com a temática e toda aquela que se encontra já publicada.

O trabalho de investigação deve conter: os objetivos/ questões que se pretendem ver respondidas à medida que é realizada a investigação, a metodologia preconizada, o plano de trabalhos a desenvolver devidamente temporizado (cronograma), bem como descrição dos instrumentos a adotar/aplicar no âmbito da investigação. O aluno/investigador deve ainda ter em conta o tratamento dos dados devendo este ser efetuado de forma completamente anonimizada ou com a autorização do entrevistado.

Por fim, o período máximo para a realização de trabalhos académicos neste âmbito está mencionado nas normas da entidade reguladora, salvo autorização especial para prolongamento de prazo, desde que devidamente justificado.

O tutor/orientador tem como dever a orientação interna do trabalho de investigação, acompanhando e apoiando o aluno/investigador nas atividades desenvolvidas, no esclarecimento de questões relacionadas com o tema escolhido pelo aluno, afim de este encontrar as soluções para as questões/objetivos da dissertação que esta a desenvolver. O tutor/orientador  também tem um papel fundamental no enquadramento da metodologia a ser utilizada, bem como nos contactos que se revelem necessários estabelecer com outros colaboradores para a realização do trabalho de investigação.

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