Atualmente a maioria dos processos de investigação utiliza uma combinação de metodologias.

 Segundo “Pacheco (1995, p.72) considera que a triangulação, entendida como “utilização de estratégias interdependentes que se destinam a recolher diferentes perspetivas dos sujeitos sobre o objeto de estudo ou a obter perspetivas do mesmo fenómeno” se configura  como um procedimento útil para conferir validade e credibilidade a todo o processo.

Com opinião semelhante, Coutinho (2008, p.9) que considera que a triangulação “consiste em combinar dois ou mais pontos de vista, fontes de dados, abordagens teóricas ou métodos de recolha de dados numa mesma pesquisa por forma a que possamos obter como resultado final um retrato mais fidedigno da realidade ou uma compreensão mais completa dos fenómenos a analisar”.

Segundo Stake (1999) existem diferentes estratégias de triangulação que contribuem para alcançar a confirmação necessária, para aumentar a credibilidade das interpretações que o investigador realiza. Baseando-se nos trabalhos desenvolvidos por Norman Denzin, Stake (1999, pp. 98-99) identifica quatro estratégias de triangulação:

Triangulação das fontes de dados – envolve a recolha de dados utilizando diferentes fontes;

Triangulação do investigador – requer a utilização de outros investigadores para observarem e descreverem o mesmo fenómeno. Os investidores recolhem os dados, independentemente uns dos outros, e procedem a comparação de resultados;

Triangulação da teoria – são utilizadas diferentes perspetivas para interpretar um fenómeno ou um mesmo conjunto de dados.

Triangulação metodológica – é a estratégia de triangulação mais reconhecida. Neste caso, os investigadores utilizam abordagens múltiplas, isto é, distintos métodos- observação, entrevista, análise de documentos- no âmbito de um estudo de caso, o que lhes permite realçar ou invalidar as interpretações realizadas.

Segundo outros investigadores, como, Gomes, Flores e Jimenez (1996, p.70) que acrescentam às quatro estratégias referidas uma quinta, que identificam como Triangulação Disciplinar, para identificarem um processo de triangulação onde se utilizam “distintas disciplinas para informar a investigação.” Morgado (2012, pp. 124,125)

“A lógica da triangulação é que cada método revela diferentes aspetos da realidade empírica e consequentemente devem utilizar-se diferentes métodos de observação da realidade.

Segundo Reichardt e Cook(1986) indicam as vantagens de combinar métodos, nomeadamente quando se trata de trabalhos de investigação com propósitos múltiplos, pois o facto de se utilizarem métodos diferentes podem permitir uma melhor compreensão dos fenómenos, do mesmo modo que a triangulação de técnicas pode conduzir a alcançar resultados mais seguros”. Ferreira e Carmo (2008, p. 202)

Referências Bibliográficas:

Carmo,H. e Ferreira,M.(2008). Metodologia da Investigação: guia para auto-aprendizagem. 2ª. edição. Lisboa: Universidade Aberta

Morgado,J. C. (2012).O estudo de caso na investigação em educação: Santo Tirso Portugal: De Facto Editores.

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