[Mapa conceitual] Investigação Científica

A metodologia de investigação é disciplina indispensável para qualquer investigador. Parece defender o obvio, mas esta disciplina é, muitas vezes, deixada em segundo plano e tratada como dispensável.

Vemos assim, inúmeros trabalhos sendo produzidos sem muito rigor cientifico, dados não confiáveis e investigadores que até hoje possuem dúvidas sobre como formular corretamente um problema, como escolher o método mais adequado a sua pesquisa ou ainda como coletar e analisar dados.

[Reflexão] Minha relação com a Investigação Científica no âmbito acadêmico

A minha relação com a investigação cientifica começa na minha Graduação em Comunicação Social nas Faculdades Integradas Hélio Alonso. Lá, tive meu primeiro contato com as metodologias de pesquisa a partir de uma disciplina teórica e uma excelente professora que me orientou na construção do meu pré-projeto de investigação para o meu TCC.

Contudo, ao final do curso, não tive uma orientadora muito presente e colocar em prática o que aprendi na teoria na disciplina sobre metodologias de pesquisas foi muito difícil. Meu tema era algo novo e com pouca ou nenhuma bibliografia a respeito. Eu pesquise sobre o uso das produções audiovisuais colaborativas como tecnologias sociais. Me me senti muito perdida na forma como deveria coletar e tratar os dados da minha pesquisa.

O que deveria fazer primeiro? Quem procurar? Como pesquisar? Como coletar os dados ? E como tratar essas informações? Essas eram questões que me atormentavam e acabei fazendo minha pesquisa de forma “intuitiva”. Decidi realizar entrevistas e questionários com o objetivo de obter dados qualitativos, ou pelo assim acreditava que iria. Enfim realizei minha pesquisa, entreguei meu TCC e concluí minha graduação.

Na sequência emendei uma especialização em Cinema e Linguagem Audiovisual onde, mais uma vez, tive uma disciplina teórica sobre as metodologias de pesquisa e mais uma vez no meu TCC senti-me perdida sem a devida orientação.

Hoje com a maturidade que tenho, e olhando para minhas pesquisas passadas, posso dizer que em ambos trabalhos cometi o que Quivy e Campenhoudt (1995) chamam de Problema de método (o caos original…ou três maneiras de começar mal). No TCC da graduação cometi o que Quivy e Campenhoudt (2008) chamam de A “passagem” às hipóteses que consiste em “precipitar-se sobre a recolha dos dados antes de ter formulado as hipóteses”.

No TCC da especialização foi o que os referidos autores chamaram de “A gula livresca ou estatística” onde eles enfatizam que o pesquisador “enche a cabeça de grandes quantidades de livros, artigos ou dados numéricos” esperando encontrar alia informação necessária que irá encaixar precisamente com o seu tema e objetivos de pesquisa.

Até hoje sinto-me leiga quando o assunto são metodologias de pesquisa, leio muito a respeito e quando necessito realizar alguma investigação tento me ater aos livros e realizar os métodos o mais próximo possível daquilo que orientam. Espero agora no Mestrado realizar de forma apropriada minha investigação acadêmica pondo em prática e com a devida orientação aquilo que há anos conheço meramente na teoria.

Referências

QUIVY, R. e CAMPENHOUDT, L.v. (2008) Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva.