A metodologia pode ser considerada uma ciência compreendida por meio da sistematização dos processos. A forma como estes devem ser desenvolvidos no decorrer do estudo e/ou pesquisa acadêmica, tal como descreve o professor Fernando Costa na obra “Tendências e Práticas de Investigação na Área das Tecnologias em Educação em Portugal” “Embora as metodologias utilizadas numa determinada investigação devessem resultar sobretudo do que se pretende estudar e dos propósitos visados, nem sempre a selecção e adopção de procedimentos metodológicos, como o estabelecimento do plano de investigação ou

a selecção de técnicas de recolha e análise de dados, são determinados exclusivamente pela análise aprofundada do que e o mais adequado e mais consistente, do ponto de vista epistemológico, com a especificidade do objecto de estudo”(2007). Deste modo, a metodologia descreve os método e os instrumentos que deveremos utilizar na realização de uma pesquisa que se pretende fazer.

Para a metodologia que se pretende utilizar o importante está na validação dos passos que têm de ser percorridos com base em alcançar os objetivos. “No que se refere aos objectivos de investigação explicitamente enunciados nas dissertações, é possível concluir que a “compreensão” dos fenómenos ou problemas” (Costa, 2007).

Como sabemos a formulação dos objetivos de uma investigação é essencial, muitas vezes mais do que o domínio das técnicas, para isso o investigador deve ter uma perspetiva e uma atitude flexível. “Uma atitude em que esta sobretudo em jogo a sua capacidade para criar uma estratégia própria e adequada para abordagem dos problemas em estudo, em função do terreno e dos objectivos de investigação (Pourtois e Desmet, 1988 ; Taylor e Bogdan, 1984).

Tal como descreve o professor Fernando Costa “Uma segunda questão metodológica importante tem directamente a ver com a função e finalidade última da investigação levada a cabo na área da tecnologia educativa.”(2007). Nesta área de investigação um dos instrumentos mais adequados para a sua realização é o método qualitativo, “aos dados qualitativos e com as reservas de credibilidade que alguns apontam as abordagens qualitativas em termos de validade, objectividade, neutralidade, parece‑nos no entanto, fazer sentido a chamada de atenção para o que isso pode significar para o investigador em termos de necessidade acrescida de rigor no processo e de validade dos métodos utilizados”(Costa 2007), tal como Mayring (2002) apresenta seis delineamentos da pesquisa qualitativa: estudo de caso, análise de documentos, pesquisa-ação, pesquisa de campo, experimento qualitativo e avaliação qualitativa. Para qualquer pesquisador acostumado a trabalhar quantitativamente fica evidente que nenhum destes delineamentos é necessariamente qualitativo.

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