De natureza predominantemente qualitativa ou mista, a Observação pode ser considerada como uma “recolha de informação, de modo sistemático, através do contacto direto com situações específicas”. (Aires, 2011)

Esta técnica particular permite o estudo dos acontecimentos tal como se produzem. No entanto, Castaño (1994) adverte que, “num contexto educativo, entender o que acontece numa aula escolar requer a capacidade metodológica de deixar de lado as próprias conceções e estar disposto a questionar tudo o que acontece.” (wiki.ua.sapo.pt)

A Observação pode ser:
• participante ou não participante;
• sendo participante, pode ser encoberta ou visível, isto é, pode ser percebida ou não pelos observados;
• estruturada / sistemática (com recursos a instrumentos específicos e esquemas padronizados) ou não estruturada / assistemática (flexível e aberta);
• individual ou em equipa (tendo esta última como vantagem a observação de vários ângulos);
• natural (observação in loco) ou artificial (observação “deslocada”);
• auto-observação (o investigador observa-se a si próprio) ou observação de outros.

Se por um lado a Observação nos permite a recolha de material espontâneo, no momento exato em que os acontecimentos se produzem, garantindo uma maior autenticidade relativamente a outras técnicas de recolha de dados, tem também algumas limitações, como o acesso ao terreno, a influência do observador participante nos observados, ou questões éticas que se levantam particularmente na observação encoberta.

Como instrumentos utilizados para a Observação, podemos enumerar o Diário do Investigador, o Portfolio ou a Checklist. (wiki.ua.sapo.pt)

Referências:
Sapo Campus Wiki – Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados na Investigação em Educação
Flick, U. (2007.) The Sage qualitative research kit. Designing qualitative research. Sage Publications Ltd.
Monge, C. (2011.) Metodología de la investigación cuantitativa y cualitativa. Guia didáctica. Universidad Surcolombiana, Neiva
Quivy, R.& Campenhoudt, L. (1992). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.

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