“Cada investigação é uma experiência única, que utiliza caminhos próprios, cuja escolha está ligada a numerosos critérios, como sejam a interrogação de partida, a formação do investigador, os meios que dispõe ou o contexto institucional em que se inscreve seu trabalho.” (QUIVY & CAMPENHOUDT, 1995, p.60.)
Para começar uma pergunta: o que um estudante de Mestrado em Educação deve saber sobre Investigação Científica, já que terminou sua graduação e chega ao nível de mestrando com trabalhos científicos já desenvolvidos. O citado grupo a qual me incluo.
Então poderíamos já saber sobre:
- Compreender o que é uma investigação.
- Quando é considerada científica?
- Os objetivos da pesquisa.
- Qual a problemática?
- Como vai ser realizada?
- Quais os meios de investigar foram adequadamente definidos.
- Quais as formas de análise são mais adequadas?
- A questão ética é sinalizada?
Para que possamos responder as perguntas, nos baseamos em bibliografias e textos já publicados sobre o assunto, e indicadas pelo docente Prof. Fernando Costa.
Para dar um conceito ao que chamamos, em meios acadêmicos, por investigação, que é uma forma de conhecimento, denotada como investigação científica, nos referirmos ao processo ordenado, sistemático e fundamentado teoricamente de uma pesquisa.
O conhecimento científico pode ser comprovado pela objetividade, certeza e casualidade (causa e efeito).
A questão sobre a escolha do tema da investigação está ligada ao seu grau de relevância. Como se fizéssemos a seguinte indagação: Essa pesquisa é relevante? Para quem? Aonde quero chegar com a pesquisa? Sendo uma prática a partir de uma pergunta de partida, de um problema ou uma problematização
Ainda sobre a sequência do trabalho de pesquisa, as questões e as perguntas servirão de afirmações para o pesquisador em sua conclusão.
Os objetivos da pesquisa referem-se ao foco principal da investigação e relacionada com a Educação, estão ligados aos fenômenos socio-educacionais. Estudamos a visão e a perspectiva das pessoas. É uma explicação ou um desenho da realidade verificada naquela determinada pesquisa.
O pesquisador deverá observar as revisões de literaturas sobre o tema a ser estudado, o que já foi estudado e como foi. Esse procedimento contribui para alcançar os objetivos da pesquisa.
Há ainda o aspecto dos paradigmas investigativos, que são o modo como estruturamos os instrumentos de análise. Perspectivas diferenciadas ligadas às ideias de paradigmas de investigação seus respectivos fundamentos: ontológicos, epistemológicos e metodológicos. O fundamento ontológico é ligado com a natureza da realidade, estudos e fenômenos das ciências naturais. O fenômeno epistemológico está relacionado às evidências, ao conhecimento adquirido.
A experiência do sujeito ou indivíduo, investigador e investigado. O metodológico é o que tem o critério de intersubjetividade.
Ainda sobre os paradigmas, podem ser classificados em perspectivas positivistas e naturalistas. Os positivistas seguem a abordagem científica e empírico-racionalista. O conhecimento é mensurável e comprovável. Pode ser repetido.
A outra perspectiva é a naturalista, humanista. Segue a razão racional. Não se explica, e sim compreende-se. Vai ao terreno e participa direta ou indiretamente.
A metodologia da investigação sugere o uso de recursos e estratégias adequadas ao tipo de pesquisa e seus objetivos. Deve ser construído. Em comprovação sobre a recolha de dados, empíricos, seguem manuais de pesquisa e investigação, além do código de Ética da instituição. Sejam estes, questionários ou entrevistas quando vamos a campo ou ao terreno.
A análise de dados serve para que sejam estudados os dados recolhidos. Podem ser qualitativas quando as informações fazem parte de análise valorativa, com análise e interpretação. E quantitativas quando os dados são relacionados às pesquisas exatas, matemáticas ou com visão estatística.
Por Marcia da Silva nº22840