Lienert (1989) “diferencia entre critérios principais e critérios secundários. Entre os primeiros, constam objetividade, fidedignidade e validade. Entre os segundos, constam utilidade, economia de esforço, normatização e comparabilidade.”
Steinke (2000) “aponta três posturas quanto à aplicabilidade de critérios de qualidade à pesquisa qualitativa. Uma primeira posição rejeita critérios de qualidade. Uma segunda posição argumenta em favor de critérios específicos da pesquisa qualitativa, questionando a aplicabilidade de critérios de qualidade utilizados na pesquisa quantitativa. A terceira posição tenta adaptar critérios da pesquisa quantitativa para determinar a qualidade da pesquisa qualitativa.”
Grunenberg (2001) “foi além, ao realizar uma meta-análise de pesquisas qualitativas das áreas da educação e das ciências sociais com o objetivo de verificar a qualidade da pesquisa qualitativa. O resultado desta análise foi a criação de uma lista de critérios de qualidade.”
Reunindo as considerações dos autores anteriores poder-se-á dizer que para serem formuladas as perguntas que regem uma pesquisa qualitativa que pode ser considerada credível e de boa qualidade, teremos de ter em conta como descreve o estudo realizado pela Universidade de Brasília
“As perguntas da pesquisa são claramente formuladas?
O delineamento da pesquisa é consistente com o objetivo e as perguntas?
Os paradigmas e os construtos analíticos forambem explicitados?
A posição teórica e as expectativas do pesquisador foram explicitadas?
Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos metodológicos?
Os procedimentos metodológicos são bem documentados?
Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos analíticos?
Os procedimentos analíticos são bem documentados?
Os dados foram coletados em todos os contextos, tempos e pessoas sugeridos pelo delineamento?
O detalhamento da análise leva em conta resultados não-esperados e contrários ao esperado?
A discussão dos resultados leva em conta possíveis alternativas de interpretação?
Os resultados são – ou não – congruentes com as expectativas teóricas?
Explicitou-se a teoria que pode ser derivada dos dados e utilizada em outros contextos?
Os resultados são acessíveis, tanto para a comunidade acadêmica quanto para os usuários no campo?
Os resultados estimulam ações – básicas e aplicadas– futuras?”