Após definir o tema, deve- se formular a pergunta de partida: o problema, pois todo trabalho científico deve buscar soluciona-lo ou, simplesmente, responde-lo em prol de sua relevância acadêmica e social. Ademais, o problema deve ser próximo ser próximo da sua realidade e área de interesse, qualquer investigação é conduzida tendo em vista esclarecer uma dúvida, replicar um fenômeno, testar uma teoria ou buscar soluções para um determinado problema (Almeida & Freire, 2003).

Para direcionamento da pesquisa e revisão bibliográfica, o investigador pode iniciar o trabalho organizando um plano de análise para identificação de investigações anteriores e suas respectivas metodologias. Em seguida, a revisão bibliográfica pode ser ampla, facilitada pela pesquisa das palavras- chave em base de dados publicados em sites caracterizados pela idoneidade acadêmica. A revisão bibliográfica é fundamental para identificar o que já foi estudado, como foi estudado, quais os resultados alcançados e se há lacunas acadêmicas pertinentes.

Após esta etapa, é possível definir o referencial teórico da investigação. Ao tempo em que todas as leituras devem ser direcionadas para formulação das hipóteses que, de forma redundante e autoexplicativa, vislumbram responder hipoteticamente a pergunta de partida. Para Almeida & Freire (2003) as hipóteses podem ser dedutivas quando visam deduções implícitas das mesmas teorias ou indutivas quando se baseiam na observação ou reflexão da realidade. Assim, ao formular as hipóteses, o pesquisador identifica as variáveis e suas relações. As variáveis qualificativas permitem descrever sujeitos e situações, classificando-os por atributos ou categorias, já as variáveis quantitativas possuem características mensuráveis permitindo uma avaliação por diversos critérios, como de frequência, grau ou intensidade.

Nestes termos, podemos concluir que a definição do ponto de partida organiza a investigação, mapeando o caminho sistemático que devemos percorrer para solucionar o problema proposto.

Almeida, L. S., & Freire, T. (2003). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilíbrios.

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