Recolher dados em uma pesquisa sobre educação exige a escolha de uma metodologia adequada. Diferentemente das ciências exatas ou da natureza, as informações coletadas em investigações relacionadas à educação não costumam seguir critérios quantitativos. Testar hipóteses por meio de experimentos controlados em laboratórios ou por meio de tentativas e erros podem esbarrar em critérios éticos. Não seria razoável expor estudantes a experimentos que pudessem inviabilizar a aprendizagem apenas para levantar dados.

Aires (2015) apresenta técnicas de recolha de dados a partir de duas possibilidades. Tratam-se das técnicas diretas (interactivas) ou indiretas (não-interactivas). Das técnicas interactivas, o autor cita a observação participante, a entrevista qualitativa e as histórias de vida. Das não-interativas, lista análises de documentos oficiais ou informais que incluem desde estatutos até diários pessoais.

Devido às especificidades das investigações em educação, muitos autores recomendam um levantamento qualitativo dos materiais para pesquisa. Isso significa que, na prática da investigação, deve-se buscar compreender os fenômenos e não explicá-los sob uma perspectiva de se encontrar fórmulas replicáveis. Ouvir os atores que participam das situações de aprendizagem e, portanto, são parte do objeto de pesquisa, torna-se uma tarefa necessária e desafiadora sob o ponto de vista ético. Como separar as informações relevantes para os resultados esperados?

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