“Nas ciências humanas, o objeto de estudo pertence à mesma esfera de realidade do investigador, não podendo, por conseguinte, ser dissociado dela e submetido a tratamento, em termos objetivos. O objeto de análise das ciências humanas é a interpretação dos sentidos que o próprio homem introduz nos contextos que pretende compreender. Deste modo, no vasto campo do conhecimento científico, desenha-se um domínio novo, que reclama uma racionalidade própria e uma forma diferente de conduzir a sua exploração sistemática. As ciências humanas não somente não poderão iludir a dimensão histórica do seu objeto de estudo, mas terão, ao mesmo tempo, de ter presente que ele é uma criação do espirito humano.” (Brandão da Luz, (2002), p. 78-79)

Deste modo o objeto de estudo na área das ciências humanas preocupa-se mais na compreensão dos fenómenos, buscando as soluções práticas para os problemas através dessa mesma compreensão, baseando-se numa investigação aplicada. Para isso é elaborado por parte do investigador um guião onde esquematiza as suas práticas destacando desta forma o problema ou a problemática a ser objeto de estudo, na qual constam as questões e os objetivos da própria investigação. Dado esse passo fundamental para o estudo do objeto, destaca-se o plano de investigação, no qual se encontra o objeto de análise, bem definido, os instrumentos a serem utilizados e o modelo de análise. Por fim faz-se a recolha e análise das interpretações, recorrendo a bibliografia diversa sobre o objeto de estudo e mencionando os resultados, as conclusões e a aplicabilidade do objeto de estudo tendo em conta as suas implicações. Tendo em conta a compreensão do objeto de estudo.

Referências:

Brandão da Luz, J. L. (2002). Introdução à Epistemologia. INCM- Imprensa Nacional Casa da Moeda. Lisboa

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