As técnicas podem ser qualitativo/quantitativo ou documental/não-documental. Abaixo vamos mostrar as principais características:

Técnica não-documentais

A) Observação

É quando o investigador observa o participante em seu ambiente natural. Esse método é bem visto, pois nem sem as pessoas seguem o que dizem quem questionários e entrevistas.

“A observação é sistematicamente organizada em fases, aspectos, lugares e pessoas, relaciona-se com proposições e teorias sociais, perspectivas científicas e explicações profundas e é submetida ao controle de veracidade, objetividade, fiabilidade e precisão.”(AIRES, 2015, p. 25).

B) Entrevista

A entrevista compreende o desenvolvimento de uma interação de significados em que as características pessoais do entrevistador e do entrevistado influenciam decisivamente em seu curso: “A entrevista nasce da necessidade que o investigador tem de conhecer o sentido que os sujeitos dão aos seus atos e o acesso a esse conhecimento profundo e complexo é proporcionado pelos discursos enunciados pelos sujeitos.” (AIRES, 2015, p. 29).

Trata-se de um recurso delicado, em que o entrevistador tem de conseguir criar uma atmosfera de confiança com o entrevistado, caso contrário, os resultados obtidos vão ter pouca credibilidade. L. Aires menciona três características básicas que podem diferenciar as entrevistas: “a) as entrevistas desenvolvidas entre duas pessoas ou com um grupo; b) as entrevistas que abarcam um amplo conjunto de temas (biográficas) ou que incide em um só tema (monotemáticas);  c) as entrevistas que se diferenciam consoante o maior ou menor grau de predeterminação ou de estruturação das questões abordadas.” (AIRES, 2015, p. 28).

A principal característica é sim o contato pessoal e de forma individualizada tentar obter as repostas necessárias para sua pesquisa. Os pontos positivos é que temos a certeza que as respostas não são dadas se o entendimento correto.

C) Questionário

“O questionário é um elemento fundamental para a realização de grande parte dos estudos. Sem esse instrumento a pesquisa não pode ser realizada e, no entanto, nem sempre lhe é dado o devido valor. Atingir os objetivos de uma pesquisa depende muito da eficiência do questionário. E por tanto, elaborar um questionário não é tarefa fácil. Desenvolver um questionário adequado aos objetivos da pesquisa chega a ser uma ciência, uma vez que muitos cuidados devem ser tomados. A maneira como for formulada uma pergunta os resultados podem ser os mais diversos. Pode-se dizer que é um projeto dentro do próprio projeto de pesquisa.” (Almeida, s.d.)

A característica principal é a facilidade de obtenção de informação e a quantidade gerada. Porém temos o risco de obtenção de informação errada e sem o resultado esperado.
Frisamos que há 3 tipos de questionários:

Aberto.  Proporciona dados dissertativos, porém dificultosos de serem avaliados.

Fechado. Proporciona normalmente questões de múltipla escolha que são mais fáceis de serem avaliadas.

Mistas. Um mix de questões abertas e fechadas.

D) Estudo de Caso

“O estudo de caso é um dos mais relevantes métodos de pesquisa qualitativa. Este recurso consiste em uma pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja representativo de um determinado espaço e tempo, com o intuito de examinar aspectos variados da vida. Essa modalidade pode ser dividida em várias etapas como: formulação do problema, definição da unidade-caso, determinação do número de casos, elaboração do protocolo, coleta de dados, avaliação e análise dos dados e preparação do relatório.” (Alves, 2017)

E) Análise Documental

A análise documental, segundo L. Aires, nos remete à conexão interativa de três tipos de atividades: redução, exposição e extração de conclusões: “A redução de dados implica a selecção, focalização, abstracção e transformação da informação bruta para a formulação de hipóteses de trabalho ou conclusões. A redução de dados realiza-se constantemente ao longo de toda a investigação. Estes dados podem ser reduzidos e transformados, quantitativa ou qualitativamente, de forma diferente. Neste último caso, utilizam-se códigos, resumos, memorandos, metáforas, etc” (AIRES, 2015, p. 46).
“Nesse sentido, a técnica da análise documental é caracterizada por um processo dinâmico ao permitir representar o conteúdo documental de uma forma distinta da original, gerando assim um novo documento. Ou seja, essa técnica permite criar uma informação nova (secundária) fundamentada no estudo das fontes de informação primária, em um processo que relaciona a descrição bibliográfica, a classificação, a elaboração de anotações e de resumos, e a transcrição técnico-científica.” (Alves, 2017)

Bibliografia

Almeida, I. (s.d.). Sobre a empresa ABEP. Fonte: Site da ABEP: http://www.abep.org/cursos/o-desafio-do-desenvolvimento-do-questionario

Alves, D. V. (24 de 11 de 2017). Ciência e Educação. Fonte: https://cienciaeeducacao.wordpress.com/2017/11/24/metodos-instrumentos-e-tecnicas-de-recolha-de-dado/

 AIRES, L. Paradigma qualitativo e práticas de investigação educacional. Lisboa: Universidade Aberta, 2015.

Deixe um comentário