O conceito de paradigma, segundo Thomas Kuhn, é o conjunto de crenças, valores e técnicas, partilhadas pelos membros de uma dada comunidade científica e, um modelo de referência de como investigar num determinado contexto histórico/social (Coutinho, 2011).
Ao longo do tempo surgem então três paradigmas: o positivista/quantitativo; o interpretativo/qualitativo e o Sócio-crítico.
Paradigma Positivista ou quantitativo ou racionalista
Este paradigma recorre a uma metodologia experimental, de natureza quantitativa, e que se baseia na observação, experimentação, explicação, previsão e controle dos fenômenos.
Procura adaptar os modelos das ciências naturais, com uma metodologia quantitativa ao estudo das ciências sociais e humanas (Coutinho, 2011).
Paradigma Interpretativo ou qualitativo ou naturalista
Valoriza o papel do investigador, este paradigma defende a existências de múltiplas realidades (derivadas de representações mentais e experiencialmente localizadas), fenomenológico.
Contrariamente ao paradigma positivista, os pressupostos deste paradigma estão na compreensão, no significado e na ação. Empregam-se tipos de análise de dados qualitativas.
O investigador e o objeto ou sujeito passam a ser vistos como simultaneamente intérpretes e construtores de sentidos (Usher, 1998, citado por Coutinho, 2011).
Paradigma Sócio-crítico ou neomarxista ou emancipatório
Este paradigma introduz princípios ideológicos da filosofia neomarxista.
Ideologia no processo de produção do conhecimento científico.
Abaixo, quadro com a comparação de características dos três paradigmas apresentados, adaptado de Lukas e Santiago (2004, p.33) e disponibilizado por Coutinho, C. (2011, p.21)

Referências
Coutinho, C. (2011). Paradigmas, Metodologias e Métodos de Avaliação. In Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas, Teoria e Prática (pp. 9-35). Lisboa: Edições Almedina.