Theophilo (1988) argumenta que os diversos autores costumam classificar o conhecimento em popular, filosófico, religioso (teológico) e científico. O conhecimento científico diferencia-se dos demais, não pelo seu objeto de estudo, mas pela forma como é obtido. Conforme definição de Trujillo: ”A ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigido ao sistemático conhecimento, com objetivo limitado e capaz de ser submetido à verificação.
Ogburn e Nimkoff. apud Lakatos (1995) indicam que a ciência é reconhecida por três critérios: a confiabilidade do seu corpo de conhecimentos, sua organização e seu método. Em função disso, as ciências sociais, por não possuírem as mesmas características das chamadas ciências naturais, como a química, a física e a biologia, são às vezes contestadas quanto à confiabilidade dos seus conhecimentos.
A mesma autora, Lakatos (1995) pondera, entretanto, que essa discussão perdeu intensidade e para tanto cita Caplow, o qual afirma: Mesmo que os resultados obtidos pelas Ciências Físicas sejam, geralmente, mais precisos ou dignos de crédito ao que os das Ciências Sociais, as exceções são numerosas (…) A Química é, muitas vezes, menos precisa do que a Economia.
Referências bibliográfica:
THEOPHILO, Carlos Renato. Algumas Reflexões sobre pesquisas empíricas em Contabilidade. Caderno de Estudos, São Paulo, FIPECAFI, v.10, n.19, p.9 – 15, setembro/dezembro 1998.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia cientifica 2, ed. São Paulo: Atlas, 1995, p.20.