Qual o conhecimento que tenho sobre investigação?

Aprendi sobre investigação durante a Iniciação Científica, na Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas. Foram dois anos de estudo, com bolsa do governo federal (CNPq), para investigar como a aprendizagem significativa crítica poderia melhorar o ensino de Biologia Celular. Durante este período atuamos, eu e meu orientador, junto à turma de alunos ingressantes das Ciências Biológicas. 

Primeiro investigamos quais conceitos prévios sobre o conceito de célula a turma trazia de seus períodos de ensino médio, utilizando placas de metal com organelas presas em ímãs. A dinâmica consistia na divisão dos alunos em grupos e na criação de células destes materiais. Depois, entregamos um roteiro para eles, com algumas perguntas:

Onde esta célula estaria no corpo humano?”, “Em que fase de desenvolvimento ela está?”, “Como está seu metabolismo? Alto, baixo”? A partir das respostas, discutimos com cada grupo porque escolheram aquela disposição, quantidade e tipos de organelas, bem como, os conceitos apontados no roteiro. Fizemos anotações e introduzimos as dificuldades nas aulas seguintes do professor com a turma. Esta foi apenas uma das dinâmicas; também utilizamos mapas conceituais, criação de modelos de células em 3D, debates tipo “júri simulado”, enfim, todas com foco na verificação das mudanças/aperfeiçoamentos dos conceitos prévios dos alunos ao longo das aulas. 

Os alunos apresentaram uma boa recepção a todas as dinâmicas e elaboraram mapas conceituais muito complexos e completos, ao final da disciplina. Apesar disso, encontrei certa dificuldade em estabelecer parâmetros para avaliar o aprendizado dos alunos, se ele realmente foi significativo. Também fui questionada sobre isso em um congresso no qual apresentei o trabalho: “Se foi uma avaliação qualitativa, como você pode ter certeza dos resultados”? Esta disciplina será muito importante para entender melhor estas questões; na época, confesso que fiquei um pouco preocupada com isso.

  • Aproveitando o assunto sobre Mapas Conceituais, segue o link do 1° Mapa Conceitual realizado a partir das discussões do 1° Encontro Síncrono da disciplina – o qual sintetiza o que foi abordado.

Investigação Científica – Mapa Conceptual – Livros – Mariana Guerreiro

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:

  • Curso Pós-Graduado de Especialização em Tecnologias e Metodologias da Programação do Ensino Básico, concluído em 17/07/2017. No Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
  • Professora Profissionalizada, realizou a Profissionalização em Serviço na Escola Superior de Educação de Setúbal, concluída no ano letivo 2003/2004.
  • Licenciatura em Informática de Gestão e Informática, Especialização em Informática de Gestão concluído em 24/07/1998. No Instituto Superior Autónomo de Estudos Politécnicos.

PROFISSÃO:

Professora profissionalizada pertencente ao quadro de nomeação definitiva do grupo 550 (Informática). no Agrupamento de Escolas de Santo André (AESA) do Barreiro.
Leciono desde 1998. Este ano estou na Escola Secundária do AESA a lecionar a disciplina de Redes de Comunicação a uma turma do 11º Ano do Curso Profissional de Programação de Sistemas de Informáticos. Tenho o cargo de diretora de turma e ainda orientadora pela Formação em Contexto de Trabalho.
Estou também na Escola EB1/JI Telha Nova nº1 da Quinta da Lomba, a dinamizar o Projeto de Iniciação à programação do 1º Ciclo do Ensino Básico na oferta complementar, a 8 turmas do 3º e do 4º ano. 

SOBRE CONHECIMENTO EM INVESTIGAÇÃO:

O meu conhecimento sobre a Metodologia de Investigação Científica é mínimo, a minha breve experiência que tive foi durante a realização da Pós-Graduação, no ano 2016/17 na U.C. de Seminário de Investigação e Projeto.

Com esta U.C. Metodologia de Investigação vou ter a oportunidade de adquirir e aprofundar os meus conhecimentos nesta área, na procura da melhoria das minhas práticas de investigação.

PERFIS

O que é um mapa conceptual?

“Um mapa conceptual é uma ferramenta de representação do conhecimento (Novak, 2000) que assume a forma de um diagrama bidimensional que procura mostrar conceitos hierarquicamente organizados e as relações entre esses conceitos num dado campo de conhecimento (Moreira e Buchweitz, 1993:15).
Este tipo de diagrama deve-se a Joseph Novak, psicólogo educacional da corrente construtivista (Universidade de Cornell, EUA), que defende uma aprendizagem de qualidade decorrente da aquisição de conceitos claros e rigorosos, ancorados nos conhecimentos prévios do aprendente.”

Parágrafo retirado do livro Metodologia da Investigação, Guia para Auto-aprendizagem, 2ª edição, de Hermano Carmo e Manuela Malheiro Ferreira

Mapa conceptual da Investigação Científica

Natureza e Caraterísticas da Investigação Científica

Conceito de Investigação Científica 

Segundo Reis, L. Felipa (2018) “A investigação científica consiste num método de aquisição de conhecimentos, sendo um processo sistemático de recolha de dados observados e verificados, que permite encontrar respostas para questões levantadas no percorrer de uma investigação.”( Reis, 2018, p.15).

Segundo Tuckman, (2012) A investigação é uma tentativa sistemática de atribuição de respostas às questões. As respostas podem ser abstratas e gerais na investigação fundamental ou concretas e específicas, como acontece na investigação aplicada. Em ambos os tipos de investigação o investigador descobre os factos e formula, então, uma generalização baseada na interpretação desses factos. Investigação fundamental diz respeito à relação entre duas ou mais variáveis. É realizada a partir da identificação de um problema.

 As Características do processo de investigação: 

  • A investigação é um processo sistemático
  •  A investigação é um processo estruturado, ou seja, há regras a que o investigador deve obedecer para a realizar, daí se conclui que é um processo sistemático.
  • A investigação é: uma atividade lógica; uma tarefa empírica (recolha de dados); um processo redutível; uma metodologia replicável e transmissível.

As Fases do processo de investigação 

O processo de investigação segue o método científico, propõe um problema a resolver, constrói uma hipótese ou solução potencial para o problema, formula a hipótese de forma operacional (testável) tenta verificar esta hipótese por meio da experimentação e da observação.

O processo de investigação inclui as seguintes etapas: (Tuckman, 2012, p.80)

  1. Identificação de um problema.
  2. Revisão crítica da bibliografia (estudos anteriores)
  3. Construção de uma hipótese. 
  4. Identificação e classificação das variáveis.
  5. Construção das definições operacionais.
  6. Manutenção e controlo das variáveis.
  7. Construção de um design de investigação.
  8. Identificação e construção dos planos e instrumentos de observação e medida. 
  9. Elaboração e aplicação de questionários ou guiões de entrevistas.
  10. Realização das análises estatísticas.
  11. Redação do documento da investigação.

Bibliografia: 

Tuckman, B. (2012). Manual de investigação em educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Reis, L. Felipa (2018). Investigação Científica e Trabalhos Académicos – Guia Prático. Lisboa. Edições Sílabo.

LIVROS

Sinopse

Este livro está especialmente estruturado para estudantes e investigadores. As principais teorias, métodos e abordagens novas são apresentados de uma forma clara e acessível. Os exemplos práticos e os sumários ajudam a esclarecer o estudante e o investigador acerca das medidas certas que devem tomar na estratégia de investigação.
Esta obra, de carácter eminentemente prático, revela-se como um texto essencial de introdução e leitura recomendada a todos os estudantes de métodos qualitativos na investigação, independentemente da disciplina em estudo.

Autor

Uwe Flick

Uwe Flick é psicólogo e sociólogo. Actualmente é professor de Métodos Qualitativos no Departamento de Gestão de Enfermagem da Alice Salomon University of Applied Sciences (Berlim, Alemanha) e Professor na Memorial University of Newfoundland (St. John’s, Canadá). As principais áreas de investigação em que trabalha são os métodos qualitativos, as representações sociais no âmbito da saúde pública e individual e a mudança tecnológica no quotidiano das pessoas.

Sinopse

A investigação e a formação são hoje vistas como elementos nutritivos da prática profissional nos mais diversos domínios, em particular na educação, onde, a par das competências inerentes ao desenvolvimento do currículo, se configuram como atributos essenciais da tarefa docente.

Reconhecendo que as dimensões referidas são, em conjunto, essenciais na configuração da profissionalidade docente, refletimos ao longo deste livro apenas sobre uma delas – a investigação -, especificamente sobre uma das suas modalidades – o estudo de caso -, por se revelar uma estratégia investigativa que permite uma análise mais focalizada e mais compreensiva dos processos e das práticas profissionais, podendo, por isso, contribuir para dar resposta aos imperativos de avaliação, de mudança e de melhoria que hoje pendem sobre as escolas.

Autor

José Carlos Morgado

Doutorado em Educação, na especialidade de Desenvolvimento Curricular, pela Universidade do Minho. Atualmente é professor no Instituto de Educação da Universidade do Minho, investigador no Centro de Investigação em Educação (CIEd), Presidente do Conselho Científico da Associação Nacional de Professores (ANP) e Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação (SPCE). Tem participado em diversos projetos de investigação no âmbito das Políticas e Práticas Curriculares, da Pedagogia no Ensino Superior e da Avaliação em Educação, sendo autor e coautor de artigos e publicações nessas áreas.

Sinopse

O que é a análise de conteúdo actualmente? Um conjunto de instrumentos metodológicos cada vez mais subtis em constante aperfeiçoamento, que se aplicam a «discursos» (conteúdos e continentes) extremamente diversificados. O factor comum destas técnicas múltiplas e multiplicadas — desde o cálculo de frequências que fornece dados cifrados, até à extracção de estruturas traduzíveis em modelos – é uma hermenêutica controlada, baseada na dedução: a inferência. Enquanto esforço de interpretação, a análise de conteúdo oscila entre os dois pólos do rigor da objectividade e da fecundidade da subjectividade. Absolve e cauciona o investigador por esta atracção pelo escondido, o latente, o não-aparente, o potencial de inédito (do não dito), retido por qualquer mensagem. Tarefa paciente de «desocultação», responde a esta atitude de voyeur de que o analista não ousa confessar-se e justifica a sua preocupação, honesta, de rigor científico. Analisar mensagens por esta dupla leitura, onde uma segunda leitura se substitui à leitura «normal» do leigo, é ser agente duplo, detective, espião… Dai a investir-se o instrumento técnico enquanto tal e a adorá-lo como um ídolo capaz de todas as magias, fazer-se dele o pretexto ou o álibi que caucione vãos procedimentos, a transformá-lo em gadget inexpugnável do seu pedestal, vai um passo… que é preferível não transpor. O maior interesse deste instrumento polimorfo e polifuncional que é a análise de conteúdo reside – para além das suas funções heurísticas e verificativas — no constrangimento por ela imposto de alongar o tempo de latência entre as intuições ou hipóteses de partida e as interpretações definitivas. Ao desempenharem o papel de «técnicas de ruptura» face à intuição aleatória e fácil, os processos de análise de conteúdo obrigam à observação de um intervalo de tempo entre o estímulo-mensagem e a reacção interpretativa. Se este intervalo de tempo é rico e fértil, então há que recorrer à análise de conteúdo…

Este livro pretende ser um manual, um guia, um prontuário. Tem por objectivo explicar o mais simplesmente possível o que é actualmente a análise de conteúdo e a utilidade que pode ter nas ciências humanas. Para desempenhar melhor esta tarefa foram tomadas algumas opções.
– Descrever a evolução da análise de conteúdo, delimitar o seu campo e diferenciá-la de outras práticas (primeira parte: história e teoria).
– Pôr o leitor imediatamente em contacto com exemplos simples e concretos de análise, decompondo pacientemente o mecanismo dos processos (segunda parte: práticas).
– Descrever a textura, ou seja cada operação de base, do método, fazendo referência à técnica fundamental, a análise de categorias (terceira parte: métodos).
– Apresentar, indicando os seus princípios de funcionamento, outras técnicas diferentes nos seus processos mas que respondem à função da análise de conteúdo (quarta parte: técnicas).
No conjunto tentou-se conseguir um equilíbrio entre a diversidade (referência a trabalhos americanos frequentemente mal conhecidos em França; indicação das possibilidades de tratamento informático; menção de aplicações a materiais não linguísticos) e a unidade (no início dos últimos vinte e cinco anos do século XX era necessário desembaraçar a análise de conteúdo dos diversos olhares sobre «o que fala» e marcar a sua especificidade).

Autor

Laurence Bardin

Professora-assistente de Psicologia na Universidade de Paris V, aplicou as técnicas da Análise de Conteúdo na investigação psicossociológica e no estudo das comunicações de massas.

Mendeley: Meu Perfil

O Mendeley é um software gratuito que auxilia nos trabalhos acadêmicos e tem a finalidade de gerenciar arquivos eletrônicos (formato PDF), além de ajudar na normalização de citações e referências geradas automaticamente.

Também é uma rede acadêmica onde é possível criar grupos de compartilhamento de arquivos, encontrar pesquisadores de uma mesma área e descobrir tendências e estatísticas.

Dessa maneira, segue meu link no Mendeley: https://www.mendeley.com/profiles/larissa–fonseca-figueira/

Espaço dedicado para minha biblioteca online de artigos e textos na área acadêmica.

Segue, ainda, um tutorial de como utilizar esta ferramenta, para tanto acesse o link: Mendeley-Teaching-Presentation-pt-br

ResearchGate: Meu Perfil

ResearchGate é uma rede social voltada a profissionais da área de ciências e pesquisadores. Desse forma, segue meu link no site ResearchGate: https://www.researchgate.net/profile/Larissa_Figueira3

Neste link irei adicionar meus artigos científicos, apresentações, dados, teses, e outras publicações de natureza científica e acadêmica.

Investigação científica

Com a especialização cada vez maior do conhecimento, todos os assuntos tendem a receber um tratamento e uma elaboração cada vez mais exaustiva e um maior rigor científico. Por este facto, a preparação e a apresentação de trabalhos científicos constituem uma matéria sobre a qual existe já uma vasta bibliografia, com a qual nos deveremos familiarizar, tendo em conta o perfil do investigador bem como a temática a dissertar.

De modo geral, a investigação nas áreas das Ciências da Educação com o subtópico tecnologias ligadas ao currículo é um tema aliciante e atual, embora já exista literatura desde os anos 80, tal como refere o professor Fernando Costa, deve-se ter em conta “(…)a importância fulcral que essa mesma investigação pode ter na superação das ambiguidades e insuficiências no que diz respeito à integração das tecnologias na escola …, parece-nos adequado começarmos por tecer algumas considerações sobre os desafios com que a investigação científica se confronta, nesta área específica”.

Excluindo os especialistas, sempre interessados em aprofundar e alargar os seus conhecimentos, e para os quais as noções teóricas e práticas assumem idêntico valor, a grande maioria dos estudantes procura apenas conhecer e dominar regras de ordem prática, suficientes e necessárias à realização dos seus trabalhos científicos. Convicta de que com esta disciplina e com o método de ensino e aprendizagem aqui vigentes, serão apresentados os conceitos fundamentais para a elaboração de um bom trabalho científico no âmbito das Ciências e Tecnologias da Educação, tendo em conta que realização de qualquer trabalho de investigação científica carece de autorização prévia, focando diversificadas bibliografias ligadas ao tema da dissertação e complementando-as com convenientes sugestões do próprio orientador ou mesmo dos pares. É fundamental assegurar o respeito pelas regras éticas e deontológicas no que respeita ao acesso e manuseamento da informação relacionada com a temática e toda aquela que se encontra já publicada.

O trabalho de investigação deve conter: os objetivos/ questões que se pretendem ver respondidas à medida que é realizada a investigação, a metodologia preconizada, o plano de trabalhos a desenvolver devidamente temporizado (cronograma), bem como descrição dos instrumentos a adotar/aplicar no âmbito da investigação. O aluno/investigador deve ainda ter em conta o tratamento dos dados devendo este ser efetuado de forma completamente anonimizada ou com a autorização do entrevistado.

Por fim, o período máximo para a realização de trabalhos académicos neste âmbito está mencionado nas normas da entidade reguladora, salvo autorização especial para prolongamento de prazo, desde que devidamente justificado.

O tutor/orientador tem como dever a orientação interna do trabalho de investigação, acompanhando e apoiando o aluno/investigador nas atividades desenvolvidas, no esclarecimento de questões relacionadas com o tema escolhido pelo aluno, afim de este encontrar as soluções para as questões/objetivos da dissertação que esta a desenvolver. O tutor/orientador  também tem um papel fundamental no enquadramento da metodologia a ser utilizada, bem como nos contactos que se revelem necessários estabelecer com outros colaboradores para a realização do trabalho de investigação.