
Conhecimento Científico

Investigação Científica

Conhecimento e competências em investigação científica
Investigação científica é o ato de pesquisar determinado assunto previamente selecionado, elaborar argumentos para fundamentar, utilizar dados concretos e reelaborar conhecimentos. O conhecimento e as competências que possuo em investigação científica advém das realizações dos trabalhos de conclusão de curso de minhas formações acadêmicas, bem como das minhas especializações.
Desenvolvi trabalho acadêmico através do método dialético. De acordo com Netto (2011), “a relação sujeito e objeto no processo de conhecimento teórico não é uma relação de externalidade; antes, é uma relação em que o sujeito está implicado no objeto. Por isso mesmo, a pesquisa e a teoria que dela resulta da sociedade exclui qualquer pretensão de ‘neutralidade’. Entretanto, essa característica não exclui a objetividade do conhecimento teórico: a teoria tem uma instância de verificação de sua verdade, instância que é a prática social e histórica”.
Desenvolvi, também, através do método descritivo e explicativo, com característica quantitativa, uma vez que foi utilizado questionário para o levantamento dos dados necessários. A pesquisa descritiva estabelece relação entre as variáveis no objeto de estudo analisado. Enquanto que a pesquisa explicativa aprofunda o conhecimento de dado assunto e/ou questão problema. Por sua vez, a pesquisa quantitativa é uma técnica usada para coletar informações usando métodos de amostragem, no meu caso foi utilizado um formulário online com estudantes de um curso em educação à distância, os dados coletados são apresentados através de números.
Para o desenvolvimento dos trabalhos mencionados foram consultados acervos bibliográficos de diversas Instituições de Ensino Superior, bibliografias particulares, fontes eletrônicas; dentre outras fontes, tais como jornais e revistas.
Os temas de meus trabalhos, os quais apliquei os métodos acima mencionados, são ‘Responsabilidade penal da imprensa pelos abusos cometidos através da liberdade de expressão’, ‘Educar por meio do brincar no contexto da educação infantil’, ‘Aspectos motivacionais na Educação à Distância: fatores que influenciam a motivação do aluno do Norte do Paraná’ e ‘Estratégias didático-metodológicas sobre a leitura literária’.
Importante colocar que para Freire e Shor (2003), o investigador que desenvolve o ato de conhecer e produzir conhecimento deve possuir algumas qualidades, como a ação, a reflexão crítica, a curiosidade, o questionamento exigente, a inquietação e a incerteza. Uma vez que os conteúdos quando trabalhados de forma científica: “[…] estudam-se as leis objetivas dos fatos, fenômenos da natureza e da sociedade, investigando as suas relações internas e buscando a sua essência constitutiva por detrás das aparências” (Libâneo, 1993).
Referências
Freire, P. e SHOR I. (2003). Medo e ousadia. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Libâneo, J.C. (1993). Democratização na escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola.
Neto, J. P. Introdução ao estudo do método de Marx. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2011.
Vídeo – tipos de pesquisa científica
Em meus estudos achei esse vídeo bastante sucinto e didático que apresenta os tipos de pesquisa do ponto de vista da sua finalidade, das formas de abordar o problema, dos procedimentos técnicos e dos objetivos.
Espero que lhes seja útil também.
Natureza da Investigação Científica
Colegas,
Ao estudar ” Natureza da investigação e evolução na educação” me identifiquei muito com o método hipotético dedutivo apresentado em 4 etapas por Hernandez Pina, (1995).
Como trabalho com tecnologia na área de suporte técnico me deparo com diversos problemas que muitas vezes não sabemos a origem, seja em um sistema, em um computador ou até mesmo dificuldades de conexão na rede. Primeiramente identifico qual o problema através da busca de informações revelantes. Depois seleciono os instrumentos que me ajudarão na busca da solução do problema, seja com o fabricante, fóruns de discussões ou até mesmo com o colega da área. Depois aplico as possíveis soluções encontradas em campo. Tendo como resultado a solução do problema, registro os passos realizados para a solução na ferramenta de gestão de ocorrências, caso o resultado seja negativo, retorno a investigação.
Referência : Evaluación Educativa de Lukas, J. F.,& Santiago, K., Edição da Alianza Editorial, Madrid.
MÉTODO HIPOTÉTICO DEDUTIVO EXPERIMENTAL

Perspectivas de investigação
Boa noite, colegas.
Segue link para uma breve apresentação de Power Point que sintetiza as principais perspectivas de investigação (científica, positivista, humanista e relativista).
https://docs.google.com/presentation/d/1CdciKxbP8pa5WdBMPfqUVXURN4IoofhH3FlFQj7KlGQ/edit?usp=sharing
Ética na investigação científica
Colegas,
Segue link para uma breve apresentação de Power Point que discute as questões éticas na investigação científica baseado na carta Carta Ética para a Investigação em Educação e Formação disponibilizada pelo Instituto de Educação da Ulisboa.
https://docs.google.com/presentation/d/1OjDT4GJADfPGXl8xCyRqHEqm7VIhKUnHbLeGEsCtd9U/edit?usp=sharing
Etapas e metodologias de investigação

Tentei por meio deste mapa conceptual sintetizar algumas informações referentes à metodologias de investigação, etapas da investigação científica e objetivos da mesma.
Noções gerais sobre investigação científica

Neste primeiro mapa conceptual, busquei sistematizar pontos fundamentais da investigação científica, tais como suas características, abrangência, lógicas e funções.
Reflexão: Meus conhecimentos em investigação científica
Esse é o meu primeiro contato de forma mais aprofundada com os conteúdos relacionados à investigação científica.
Minha graduação em Pedagogia se deu no final da década de 90. Durante o curso, tive a disciplina Metodologia de Pesquisa para orientar a construção do trabalho final. Acredito que a disciplina teve uma abordagem superficial em relação ao que será necessário no curso de Mestrado, no entanto, pode me servir como ponto de partida.
Após a minha graduação e durante a minha trajetória profissional, busquei desenvolver projetos de pesquisa, inclusive para concorrer ao Mestrado no Brasil, mas em nenhum destes momentos foi necessário um aprofundamento no tema metodologia de investigação.
Esse será o trabalho de investigação científica mais elaborado que já me propus a desenvolver, por isso, penso que esta disciplina vai ser útil para que eu possa construir uma dissertação de qualidade.
Problema, Hipóteses e Variáveis
Uma investigação inicia-se sempre com a definição de um problema. Toda investigação visa esclarecer uma dúvida, replicar um fenômeno, testar uma teoria ou buscar soluções para um dado problema. Assim, a primeira peça da pesquisa é a formulação do problema. O primeiro passo surge quando procuramos a resposta a uma pergunta. Segundo Tukey é preferível uma resposta aproximada à uma pergunta certa do que uma resposta exata à uma pergunta errada. O segundo passo é avaliar a qualidade e pertinência do problema identificado. Qual a sua relevância? O problema deve ser real, reunir condições de estudo, ser relevante para a teoria ou prática e formulado de forma clara e perceptível por outros pesquisadores. Situado o problema é necessário reunir e analisar o que já se conhece sobre o assunto. A revisão bibliográfica é importante para melhor enquadrar o referencial teórico para a investigação. A seguir são enunciadas as hipóteses ou soluções mais plausíveis para o problema. A formulação de hipóteses deve ser testável, se enquadrar nas hipóteses existentes da mesma área, justificável e relevante. Deve obedecer a princípios de clareza e parcimônia, ser suscetível de quantificação e generalização. Ao formular hipóteses é preciso identificar as variáveis e suas relações, trata-se de um passo importante na definição do modelo de análise do problema. As variáveis estão associadas ao modelo de investigação. No modelo experimental a preocupação está na ocorrência de um comportamento e na sua capacidade explicativa. No modelo correlacional o objetivo está em quantificar e relacionar as dimensões psicológicas. É preciso enunciar a variável, incluindo sua definição, qual aspecto melhor a descreve, que indicador a viabiliza e definir os índices a tomar sua medida. A variável pode ser independente, ou seja, identifica-se com a característica que o investigador manipula deliberadamente para conhecer o seu impacto em outra variável, dita dependente. Além destas existe a variável interveniente, que mesmo sendo alheia ao experimento influem no experimento podendo desvirtuá-lo. É também chamada de moderadora. Já a variável dita parasita, associada à variável independente, afeta os resultados da variável dependente (contaminação). Para apreciar a mensurabilidade de uma variável devemos considerar vários parâmetros, a frequência, a probabilidade, a duração, a intensidade e a qualidade de uma resposta. Finalmente, acerca da natureza das variáveis, temos as qualitativas que apenas descrevem sujeitos e situações e as quantitativas que exprimem em valores numéricos.
ThInK a little.
Apresentação – minhas competências em pesquisa científica
Meu primeiro e único contato com a pesquisa científica foi durante a graduação em educação. Embora não tenha sido obrigatória a realização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e eu de fato não o tenha feito, realizei no decorrer do curso uma pesquisa de iniciação científica acerca dos paradigmas veiculados pela Revista educacional Brasileira Nova Escola em relação à avaliação das aprendizagens.
Esta pesquisa, fomentada pelo Conselho Nacional de Pesquisa do (CNPQ) foi uma experiência enriquecedora e desafiante. Busquei fundamentação teórica em diversos autores especialistas no tema, analisei os exemplares da revista em questão e após escrever o projeto apresentei o mesmo em um simpósio organizado pela Universidade.
Embora na época não tenha havido necessidade e não se encaixasse na proposta em si, gostaria de no futuro realizar pesquisas que envolvessem a contribuição/opinião de outras pessoas, tendo a oportunidade de elaborar questionários/entrevistas, aplicá-las e analisá-las posteriormente como parte integrante da investigação, pois creio que as experiências de outras pessoas muito possam contribuir para a compreensão de determinados temas.
Paralelamente à essa pesquisa, tive uma disciplina para tratar especificamente do tema de investigação, porém, como isso já foi há alguns anos, creio que a Unidade Curricular de Metodologia de Investigação I terá muito o que me acrescentar e relembrar.
Júlia Brito
Natureza da Investigação Científica

As pesquisas descritiva, exploratória e explicativa são classificações da investigação científica que variam de acordo com o objetivo pretendido. As três utilizam métodos de pesquisa diferentes para atender os objetivos da pesquisa e podem ser processadas de modo integrado, no intuito de obter uma melhor análise dos dados coletados.
A pesquisa exploratória consiste em ter uma maior proximidade com o universo do objeto de estudo pesquisado. Ela é a pesquisa que visa, através dos métodos e dos critérios, oferecer informações e orientar a formulação das hipóteses do estudo. Ela visa a descoberta dos fenômenos ou a explicação daqueles que não eram aceitos, mesmo com as evidências apresentadas. Um bom exemplo de pesquisa exploratória são os estudos de caso, pois eles evidenciam a constatação de fenômenos ocorridos nos experimentos em campo ou no laboratório.
Já a pesquisa descritiva realiza um estudo detalhado através de técnicas de coleta, visando uma análise e interpretação mais profunda destes dados; proporciona novas visões sobre uma realidade já conhecida.
A pesquisa explicativa pretende justificar os fatores que motivam a ocorrência do objeto ou do fenômeno estudado. Ela é a pesquisa que relaciona teoria e prática no processo da pesquisa científica. Nas ciências naturais, por exemplo, é usado o método experimental, enquanto nas ciências sociais recorre-se ao método observacional.
Cabe ressaltar, por fim, que a pesquisa descritiva, combinada com a pesquisa exploratória, são as mais realizadas pelos pesquisadores sociais da atualidade. Por isso, é preciso se atentar às fronteiras cognitivas e metodológicas das fases de investigação, sabendo o momento de separar e combinar procedimentos.
Referências:
Almeida, L.; Freire, T. ( 2003 ). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilíbrios.
Naturaleza de la investigación y evaluación em educación
Aliaga reconhece 5 tipos de conhecimento: senso comum, religioso-místico, artístico, filosófico e científico. Para cada um deles as fontes de informação são, respectivamente: experiência cotidiana, revelação e fé, intuição ou introspecção, pensamento e método científico. Uma das características que diferencia o conhecimento vulgar do científico é a forma com que se obtém o conhecimento. No conhecimento científico existe um método caracterizado por ser objetivo, racional, sistemático, fidedigno, baseado em fatos externos ao investigador, analítico, capaz de divulgação para a comunidade científica e sujeito a comprovação ou refutação. As etapas do método científico englobam a identificação da área de estudo, busca de informação relevante, formulação do problema, planejamento do projeto, formulação de objetivos, seleção do material para coleta de dados, execução do trabalho de campo, coleta de dados, análise dos dados e conclusão. A educação não é uma ciência natural e como tal não pode ser investigada da mesma forma. Neste caso a investigação deve ser realizada de forma mais ampla, tendo em conta os fatores que influenciam os fenômenos e situações educativas. Os controles rígidos de laboratório não são possíveis em educação e a verificação por replicação pode se tornar difícil. A cientificidade na educação não pode prescindir da interdisciplinaridade. Os problemas e soluções devem ser concebidos em contextos amplos que ultrapassam o âmbito da aula e o centro escolar. A abordagem dos problemas também passa pela Psicologia, Sociologia, Antropologia, Economia, Filosofia, etc.
ThInK a little.
Les origines et l’évolution des sciences de l’éducation em pays francophones
A investigação científica em educação começou no final do século XIX e início do século XX. Alfred Binet foi o precursor da pesquisa científica na educação. Ele propôs uma análise científica em três pontos chaves: os programas de ensino, os métodos de ensino e as habilidades das crianças. Segundo Binet o método de comparação garante a natureza científica da medição da inteligência e validade dos testes, que consiste em perguntas cujo conteúdo é invariável e pode ser mensurada. A proposta de avaliação não é subjetiva e categorizada em bom, medíocre ou ruim, e sim por comparação com a escolaridade de crianças da mesma idade e condição social. Enquanto que na França o trabalho de Binet não teve a repercussão esperada, em outros países nomes como Decroly, na Bélgica, Maria Montessori, na Itália, Claparède, na Suíça, surgiram com trabalhos marcantes. Entre eles “Introdução à Educação Quantitativa” de R. Buyse, “Il método dela pedagogia scientifica aplicado all’educazione infantil nelle case dei bambini” de Montesori, “Psicologia Infantil e Pedagogia” de Claparède. O período pós I Guerra Mundial teve vários movimentos educativos como a publicação, em 1923, das Instruções Oficiais para os programas e métodos da escola primária. Obras como “Experimentação na pedagogia” de R. Buyse, “O método científico em pedagogia” de T. Jonckheere e “Investigação pedagógica” de A. Planchard, colocam os fundamentos da investigação científica na educação. Após a II Guerra Mundial até 1953 tivemos outro período de pesquisas no campo pedagógico até a realização do primeiro encontro de pesquisadores em 1953, organizado por Robert Dottrens em colaboração com a Universidade de Lyon. A “Enciclopédia universalis” publicada em 1968 e o “Dicionário da Linguagem Pedagógica” publicado em 1971 ainda não continham a expressão “ciências da educação”, que embora tenha sido usado em 1912 abrangia uma área limitada da educação, voltada para a psicologia infantil, crianças difíceis ou anormais e formação de professores. As “Ciências da Educação” são compostas por todas as disciplinas que estudam as condições de existência, funcionamento e evolução das situações e fatos educacionais. A educação nos dias atuais não é mais apenas aquilo que se aprende na escola. Há uma outra “escola paralela” que não depende da relação professor-aluno, Técnicas modernas como audiovisual, mídia, games, internet estão presentes no dia a dia do aluno. Uma situação educacional envolve uma série de organizações e serviços, mas também envolve o ambiente familiar, a comunidade e a vizinhança. O pesquisador nas ciências da educação implementa métodos e visa resultados de natureza científica. As áreas de estudo em educação podem ser vistas como: situações do passado (educação na Grécia), situações contemporâneas do pesquisador e situações dinâmicas em que ocorre a ação educacional. Os tipos de situação correspondem aos tipos de conhecimento: conhecimento psicológico ou testemunho, conhecimento reflexivo e filosófico, conhecimento taxonômico ou diagnóstico, conhecimento experimental e conhecimento estatístico. As fontes em ciências da educação são numerosas e variadas: prática pedagógica, serviços de documentação, pesquisas relacionadas às ciências da educação, todos os resultados do trabalho, reflexões e discussões de natureza filosófica, histórica e política.
ThInK a little.
Hi there,
Boa noite Prof. Fernando e estimados colegas,
Primeiramente gostava de agradecer ao querido Armando pela iniciativa e dedicação ao criar este Blog. =)
Tive pouco contacto com a metodologia de pesquisa, apenas durante a elaboração do TCC em minha licenciatura. Na época em questão, escolhi um tema relacionado a uma nova tecnologia que havia pouca documentação a respeito. A biblioteca da faculdade não possuía recursos para o domínio que eu havia escolhido, e tão pouco a Internet.
No entanto, com o auxílio de uma excelente orientadora, consegui nortear meu trabalho de pesquisa e o conclui com sucesso.
Espero com esta unidade curricular expandir minha visão acerca dos processos e fases inerentes à pesquisa científica, conseguir “pensar fora da caixinha” e a desenvolver novas habilidades.
Links:
Researchgate
Mendeley
[]’s
A investigação em Psicologia e Educação
O que diferencia o conhecimento científico do conhecimento vulgar? O conhecimento vulgar carece de questionamentos, de porquês, de método, e geralmente é transmitido de geração para geração. O conhecimento científico analisa os fenômenos, busca explicações, formula hipóteses, busca reprodutibilidade. Aprendi a cozinhar com minha mãe e ela, por sua vez, aprendeu com a minha avó. Trata-se de um conhecimento passado de geração a geração, de forma espontânea e sem a preocupação do questionamento. Por que usamos fermento para fazer o bolo crescer? Isso não importa, o que importa é que o bolo fique fofinho e saboroso. Já o saber científico é mais rigoroso, quer saber porque o bicarbonato de sódio, presente no fermento, faz o bolo crescer. Quais reações químicas estão envolvidas? Exige pesquisa e experimentação. Outro exemplo culinário do conhecimento vulgar é a adição de açúcar para tirar a acidez do molho de tomates. Minha mãe agia dessa forma, minha avó idem e eu também, até a página 2 (como se diz por aqui). Todo químico sabe que para neutralizar a acidez devemos usar um antiácido e o açúcar não atua como tal. No máximo ele mascara a acidez do molho. Passei a usar o bicarbonato de sódio para retirar a acidez do molho. A grande maioria das pessoas sabe que o ponto de ebulição da água é 100 ºC. Estudantes que residem em São Paulo, quando desafiados pelo professor para comprovar essa informação, constatam que isso não é uma verdade. Em São Paulo a água ferve a 97 ºC. Por quê? Estaria o termômetro descalibrado? A água conteria impurezas? Por que a prática não está de acordo com a teoria? Este experimento simples permite ao professor instigar os alunos a buscarem uma explicação plausível. A metodologia científica utilizada nas Ciências Naturais difere daquela utilizada em Ciências Sociais, Psicologia e Educação. Por exemplo, o modelo de aula adotado pelo professor P1 funciona muito bem para ele. Porém se o professor P2 resolver adotá-lo não há garantia que funcionará igualmente. Por quê? Por que os professores são diferentes, os alunos são diferentes e os conteúdos são diferentes. Cada professor deve procurar desenvolver o modelo de aulas que melhor se adeque à sua realidade e a realidade de seus alunos. Aqui a ciência não é exata, mesmo porque a vida não é uma ciência exata. Almeida e Freire (2003) mencionam três modalidades de investigação usados em Educação: quantitativo-experimental, quantitativo-correlacional e qualitativa. Nesta última, temos uma abordagem com observação direta, realização de entrevistas, atenção aos significados e aos contextos. Quando se indaga “o que aconteceu e como aconteceu?” a abordagem qualitativa investiga identificar, descrever e caracterizar, usando para isso questionário, entrevista e observação. Na abordagem quantitativa as perguntas são do tipo “por que aconteceu?”, “o que causou o fenômeno?”, “aconteceria o mesmo em circunstâncias diferentes?” aqui a investigação busca explicar, generalizar e estabelecer relações, usando metodologia correlacional, causal, experimental e quase experimental.
ThInK a little.
