
“Investigação científica é uma forma de conhecimento.”
(Prof. Fernando, notas pessoais da sessão 02)
Para perceber o que é a investigação científica, devo primeiramente compreender o conceito de “ciência”, o que pretende e qual a sua função.
A ciência é “um conjunto organizado de conhecimentos sobre a realidade e obtidos mediante o método científico.” (Bravo, 1985)
Pretende otimizar a informação disponível em torno dos problemas de origem teórica e/ou prática.
Em Educação a ciência tem como função descrever, explicar, predizer e controlar o comportamento humano.
“Nas ciências humanas, em particular na educação não se pode utilizar uma conceção escrita — o que observamos são construções humanas.”
“O que vence é a lógica do significativo e não a da representatividade”.
(Prof. Fernando, notas pessoais da sessão 02)
Nas ciências sociais e humanas, só uma parte dos factos é diretamente observável; o investigador procura, através das relações entre fenómenos, evidências para afirmar, descrever ou negar factos — para tal é necessário um sistema de relações, constatadas mediante dados empíricos. Tal sistema é designado por “teoria” – um sistema ou quadro descritivo, e se possível explicativo, preditivo e controlador (muitas vezes provisório) dos fenómenos.
Factos (realidades) → Fenómenos (ocorrências) → Dados (extração de informação)
Sendo, portanto, a investigação científica uma forma de conhecimento, convém compreender que o conhecimento científico deve ser:
objetivo – descreve a realidade como é, nunca como gostaríamos que fosse;
empírico – baseia-se na experiência, fenómenos e factos;
racional – é mais assente na razão e na lógica do que na intuição;
replicável – a sua comprovação pode ser feita por pessoas distintas e em circunstâncias diversas;
sistemático – é organizado, ordenado, consistente e coerente;
metódico – baseia-se em procedimentos e estratégias fiáveis, e em planos metodológicos rigorosos;
comunicável – transmite clareza e precisão; é reconhecido e aceite pela comunidade científica;
analítico – entra na complexidade e na globalidade dos fenómenos;
cumulativo – parte de conhecimentos científicos anteriores.

Partilho um artigo sobre um projeto desenvolvido com turmas da rede estadual de 12 escolas do Ceará, no Brasil, sobre a inclusão de “pesquisa” (“investigação”, diríamos em Portugal) no currículo do ensino médio (equivalente ao ensino secundário português): https://porvir.org/governo-ceara-inclui-nucleo-de-pesquisa-a-formacao-regular-ensino-medio/
Referências:
Almeida, L. S., Freire, T. (2003). Metodologia da investigação em Psicologia e Educação. Psiquilíbrios.
Lukas J. F., Santiago K. (2004). Evaluación educativa. Alianza editorial.
Clara, já escrevi em outro comentário minha repulsa em fazer mapas conceituais (acho que Freud explica), mas gostei do layout do seu. Parabéns.
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Obrigada Arlindo… que elogio tão grande, vindo de um Pensador!
Acredito que a comunicação visual tem um papel importante na aprendizagem.
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Bom dia, a construção do conhecimento de forma colaborativo é cheio de emoções e traz um grande aprendizado para todos, conte com meu apoio, um grande abraço.
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